Lua que o mar engole num reflexo de sobras.
Lua que se dissolve nas águas,
Num mergulho de luz que refresca o fogo
E esquece memorias e desejos...
Ofereço meu corpo ao mar,
Deixando que o leve,
Ficando a observar a lua no fundo
Vendo o calor a dissipar-se,
Adormecendo com o som das ondas,
Num uivar de lobo solitário...
Grifo
12 comentários:
Muito bom como sempre ; D
Poema excelente.
Muito bom mesmo.
Cheio de modos diferentes de dizer o muito que dizias antes, tem uma mudança brusca no meio mas termina bem como começa. Gostei
Geocrusoe
E esquece memorias e desejos...
Ofereço meu corpo ao mar,
Acha muito brusca a transição entre esses dois versos... Demorei mais tempo a acabar (retoques) este poema do que outros... e sempre que o lia ficava na duvida se devia ou não por uma acção intermédia...
Acha mau voltar a falar de uma coisa mas de forma diferente??
Meu caro jovem poeta, mesmo sem deixar comentário já estive aqui, já levei comigo o "Mar, Lua, Fogo e Lobo", e estou a traduzir este teu belo poema.
Até breve!
Depois gostava de ver o resultado xD
Não sei ler Alemão... Mas pelo menos saber o que disseram no encontro... :P
Não é mau dizer as mesmas coisas, sentimentos e ideias de forma diferente pelo mesmo autor. só mostra que ele tem ideias fortes e é coerente com os seus sentimentos, independentemente do modo como expressa o que vai na sua alma. Coerência é uma virtude mesmo na poesia.
Vês... como imediatamente percebeste onde estava a transição mais brusca ;)
Nas artes por vezes somos surpreendidos pelo evoluir das obras, por isso não tem mal se quiseres mesmo que assim seja.
É sempre a tua obra e ela há-de ser como tu queiras que ela seja.
Quem vive perto do mar, ou nas ilhas,
nunca esquece o marulhar
do mar...
Abraço
É do que sinto falta quando vou ao continente... xD
Não só o marulhar... Sinto falta de tudo no mar... xD
O Canal (Faial-Pico) está cheio de ninfas que me prendem...
A lua amarela que recorta a Montanha... O nascer do sol entre S.Jorge e Pico... O reflexo da lua no mar... Um mergulho nas águas quentes dos Açores... O sentimento de fragilidade quando se olha para o mar furioso (o geocrusoe é capaz de compreender esta)...
Provei a droga do Canal... e não acho saudável deixar de a tomar... xD
Compreendo essa e todas as outras que dissestes... só que nós ilhéus somos feitos com mar nas nossas raízes, ele deixa de ser uma droga para ser parte de nós ;)
Pois... Tem razão... é uma forma mais poética de o dizer... xD
Gsto do poema ^^
Tá simplsmente giro :)
Bjim.
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