quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Mar, Lua, Fogo e Lobo

Lua que o mar engole num reflexo de sobras.
Lua que se dissolve nas águas,
Num mergulho de luz que refresca o fogo
E esquece memorias e desejos...
Ofereço meu corpo ao mar,
Deixando que o leve,
Ficando a observar a lua no fundo
Vendo o calor a dissipar-se,
Adormecendo com o som das ondas,
Num uivar de lobo solitário...

Grifo

12 comentários:

Unknown disse...

Muito bom como sempre ; D

Desambientado disse...

Poema excelente.
Muito bom mesmo.

Carlos Faria disse...

Cheio de modos diferentes de dizer o muito que dizias antes, tem uma mudança brusca no meio mas termina bem como começa. Gostei

Grifo disse...

Geocrusoe

E esquece memorias e desejos...
Ofereço meu corpo ao mar,

Acha muito brusca a transição entre esses dois versos... Demorei mais tempo a acabar (retoques) este poema do que outros... e sempre que o lia ficava na duvida se devia ou não por uma acção intermédia...

Acha mau voltar a falar de uma coisa mas de forma diferente??

ematejoca disse...

Meu caro jovem poeta, mesmo sem deixar comentário já estive aqui, já levei comigo o "Mar, Lua, Fogo e Lobo", e estou a traduzir este teu belo poema.

Até breve!

Grifo disse...

Depois gostava de ver o resultado xD
Não sei ler Alemão... Mas pelo menos saber o que disseram no encontro... :P

Carlos Faria disse...

Não é mau dizer as mesmas coisas, sentimentos e ideias de forma diferente pelo mesmo autor. só mostra que ele tem ideias fortes e é coerente com os seus sentimentos, independentemente do modo como expressa o que vai na sua alma. Coerência é uma virtude mesmo na poesia.
Vês... como imediatamente percebeste onde estava a transição mais brusca ;)
Nas artes por vezes somos surpreendidos pelo evoluir das obras, por isso não tem mal se quiseres mesmo que assim seja.
É sempre a tua obra e ela há-de ser como tu queiras que ela seja.

vieira calado disse...

Quem vive perto do mar, ou nas ilhas,

nunca esquece o marulhar

do mar...

Abraço

Grifo disse...

É do que sinto falta quando vou ao continente... xD

Não só o marulhar... Sinto falta de tudo no mar... xD

O Canal (Faial-Pico) está cheio de ninfas que me prendem...

A lua amarela que recorta a Montanha... O nascer do sol entre S.Jorge e Pico... O reflexo da lua no mar... Um mergulho nas águas quentes dos Açores... O sentimento de fragilidade quando se olha para o mar furioso (o geocrusoe é capaz de compreender esta)...

Provei a droga do Canal... e não acho saudável deixar de a tomar... xD

Carlos Faria disse...

Compreendo essa e todas as outras que dissestes... só que nós ilhéus somos feitos com mar nas nossas raízes, ele deixa de ser uma droga para ser parte de nós ;)

Grifo disse...

Pois... Tem razão... é uma forma mais poética de o dizer... xD

J'P ۞ disse...

Gsto do poema ^^
Tá simplsmente giro :)

Bjim.

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