quinta-feira, 26 de novembro de 2009

A Carta

Nova Iorque, 29 de Outubro de 1929

Querida Amada,

O desespero levou-me ás cavernas,
Fujo da prisão...
O medo paralisou-me as Asas.
Não imaginas o ódio que tenho ás minhas correntes.
Gostava de te poder beijar...
Mas o caos exterior,
Faz-me ser mais feliz aqui,
Numa atitude cobarde talvez...
Espero que a redoma se parta,
Até lá, sonho contigo,
Tu que és a minha única fonte de felicidade,
Tu que és a minha única fonte de esperança...
O nosso amor abstrai-me do caos exterior,
Só ele me faz ainda esperar a liberdade...

Beijos daquele que te ama,

Grifo

5 comentários:

EMA disse...

Nesta carta aberta à amada, o jovem poeta mostra-se menos taciturno do que nos poemas anteriores. Há poesia e esperança no ar... há AMOR!

Meu caro grifo, tenho uma braçada de selos no "ematejoca azul" para ti. Não queres ir buscá-los?!

Grifo disse...

Olá!

O Amor não pretendia ser a mensagem principal... :S

A que selos te referes?

Aos do Agarrei num cesto bem grande e esvaziei a casa da Blue Velvet!?

Carlos Faria disse...

lembra-te que é dever do homem lutar para melhorar o mundo e não desiludido refugiar-se agarrado ao que de bom encontrou no mundo como o amor.
O poema esteticamente está bonito, tem raios de esperança, mas mostra fuga da realidade o que não deve acontecer

ematejoca disse...

Desculpa lá, Grifo, publiquei o nome do blogue errado.Os selos a que me refiro são, na verdade, os "Agarrei num cesto bem grande e esvaziei a casa da Blue Velvet"

Não queres, jovem poeta, que o Amor seja a mensagem principal, mas é através dele, que o poema toma um rumo positivo. Coisa muita rara nos poemas anteriores.
Diz-me lá então, qual é a mensagem principal? É muito importante saber o que o poeta quer dizer quando se faz uma tradução.

Grifo disse...

Pensei o mesmo mas fiquei na duvida... :P

Vais traduzir este? Não sei se sará dos melhores... :P

A data era supostamente a chave... Mas a mensagem é a seguinte: O mundo capitalista prende as pessoas á ignorância... prende-me a mim também... E de que não me consigo libertar. Mas o poema penso que não ficou bem concebido...

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