quinta-feira, 26 de novembro de 2009

A Floresta

Viajo por uma floresta densa,
Ouço o barulho do vento,
Beijo o ruido como canção,
As ramagens arranham-me a cara,
E numa inconsciência, inocentemente imputada,
Abraço as árvores que me arranham os olhos...
Paro por momentos o meu ritual de cegueira,
Vejo ao longe uma luz límpida e estranha,
Vejo-me guiado por ela...
As árvores agarram-me e batem-me na cara...
Os ventos gritam desesperadamente a ordem de regresso,
Não o ouço, ao contrario de outrora, jamais será belo,
Saio então da floresta.
Uma árvore agarra-me pelo braço,
Braço já completamente descarnado da caminhada...
Ignoro-a,
Vejo então um horizonte azul,
Vejo o livre dos prados verdejantes,
Vejo o infinito azul dos céus...
Vejo-o, e desejo-o meu.
Mas uma árvore agarra-me,
E num pranto de desespero,
Tento freneticamente libertar-me,
Praguejando contra a árvore que não me liberta...

Grifo

4 comentários:

Carlos Faria disse...

Não me digas que a floresta é outra vez o mundo capitalista?

Olha ainda só vi a quinta dos animais em português o 1984 só na língua original.
Sempre arranjaste o livro?

Grifo disse...

A floresta é mais abrangente... xD

Não ainda não arranjei o 1984... Talvez amanhã, não sei. Vou falar com 2 professoras minhas. Depois digo qualquer coisa.

Queres comprar... xD Só aceito se for de prenda de Natal :P

Também estou curioso com O Triunfo dos Porcos (ou quinta dos animais)...

Carlos Faria disse...

já vi os dois, se tudo correr bem, diz qq coisa e pelo menos 1 arranjo-te pelo Menino Jesus... a não ser que esgotem quando voltar da viagem.

Grifo disse...

Eu digo sim... esqueci-me de perguntar a professora hoje... :s Pergunto 4ª

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